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DICIONÁRIO SENTIMENTAL DO ADULTÉRIO (não-ficção)

Lisboa: Quetzal, Junho 2017

 

 

«Adultério» significa relação sexual voluntária entre uma pessoa casada e alguém que não é o seu cônjuge - e é a principal causa de divórcio em todo o mundo (em Portugal há 89 casamentos e 82 divórcios por dia). Porém, a história do adultério passa também pelos grandes mitos e histórias consagradas pela literatura, pela religião, pelo cinema, pela música e pela pintura. Da Bíblia (Abraão trai Sara com Agar) às peças de Shakespeare, das cantigas medievais a Madame Bovary ou Os Maias, do Império Romano às tramas políticas da América contemporânea, das histórias dos nossos reis e rainhas aos escândalos de Hollywood e da cultura pop, do Ulisses a O Primo Basílio, das traições dos deuses gregos à vida dos nossos vizinhos - o adultério é um elemento decisivo da história sentimental da Humanidade. 

Tem a ver com a traição e com a paixão, a tentação ou a alquimia sexual, o prazer do risco e o desejo sem ordem nem lei - mas também com o amor. E com a sua natureza frágil. Este dicionário não faz «moral» nem «defende o adultério» - é um guia tão erudito como divertido da história do adultério ou das paixões e seus escândalos e transgressões.

Os Últimos Marinheiros  (reportagem)

Lisboa: Fundação Francisco Manuel dos Santos, 2015

 

 

«Magnífica reportagem, é o mínimo que se pode dizer de Os últimos marinheiros, uma reportagem que mistura o retrato, a informação, o sentimento, as vozes, a opinião, em que não se apagam os afectos de quem narra. Lê-se o título e percorre-nos uma sensação de fim de ciclo ou de final de história, não porque um ou outra se cumpram, antes porque os tempos são o que são, antes porque a relação de Portugal com o mar, sendo geográfica, tradicional e histórica, é também paradoxal. É assim que sucede com Os últimos marinheiros, título a cheirar a nostalgia, a barcos no cais, a contemplação do mar e das vidas.

O contado resulta de duas viagens a bordo: uma, em 2009, no “Port Douro”, navio de carga da Portline Bulk International, em circuito entre Lisboa, Leixões, Caniçal e volta; outra, em 2015, no “Neptuno”, navio de pesca de arrasto, ao largo da Figueira da Foz. Ao longo das duas viagens, Filipa Melo conta as especificidades de cada um dos navios, esclarece muito do vocabulário náutico, ouve as personagens reais com quem viajou, conta-lhes e deixa que elas contem as suas histórias, dá nota das dificuldades e da camaradagem na companha, enquanto o leitor vai entrando nesse universo, quase integrando a tripulação ou, pelo menos, com ela confraternizando também. […] São retratos de descrição do estado das coisas ou que favorecem uma leitura quanto a esse estado das coisas, essa (suposta, talvez obrigatória, talvez frágil) ligação de Portugal com o mar. Logo no início do livro, uma verdade que nos flagela os sonhos: “Em Portugal, os homens do mar estão em vias de extinção, ou quase”. E, dois parágrafos adiante, a crueza: “Inclinados perante a Europa, virámos as costas ao mar. País de marinheiros?”»

João Reis Ribeiro

Este é o meu corpo  (romance)

Lisboa: Temas & Debates 2001, Sextante 2007

Brazil: Planeta 2004 ● Croatia: Stajer-Graf ● France: Actes Sud 2004 ● Italy:Ponte alle Grazie (Longanesi) 2003 ● Serbia: Profil ● Slovenia: Goga 2010 ● Spain: Seix Barral 2004

 

Todas as mortes são violentas. Sobretudo para os que cá ficam. Os livros nem tanto. O da Filipa, é. Mas esses são também os livros que vão ficando.

José Riço Direitinho

Ler, Dezembro 2001

 

A escrita de Filipa Melo é ágil, plástica. Permeável à intensidade que o instante narrativo requer. Ora se espraia por acumulação, coordenando ou justapondo elementos. Ora se retrai, incendiando traços. (...) Porque esta escrita consegue também fazer visualizar admiravelmente o mundo que inventa - o que é critério da melhor literatura.

Maria da Conceição Caleiro

Mil Folhas, Novembro 2001

 

Existe em todos nós uma tal alegria em descobrir mais um autor para a literatura de língua portuguesa, que, quando esse autor consegue escrever um primeiro romance com uma tal segurança e qualidade, é-nos difícil resistir a escrever: alto! e pára o baile, temos aqui qualquer coisa que exige de nós uma atenção especial.

Eduardo Prado Coelho

Mil Folhas, Novembro 2001

 

 

Asas sobre a América (ensaios)

Coordenação: Filipa Melo
Lisboa: Almedina 2011

 

 

 

Resultado do ciclo de conferências “Asas sobre a América”, programa realizado ao longo do ano de 2008 pela Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento, este livro de ensaios é um documento importante sobre a relação entre a literatura portuguesa e a literatura norte-americana e um testemunho singular do vigor criativo e crítico de alguns dos maiores escritores portugueses contemporâneos. Com introdução de Eduardo Lourenço, reúne ensaios de  Ana Luísa Amaral, Francisco José Viegas, Gonçalo M. Tavares, Inês Pedrosa, Lídia Jorge, Manuel António Pina, Pedro Mexia e Rui Zink, representando várias gerações e expressões distintas da prosa e da poesia portuguesas contemporâneas.

Cada um destes autores convidados apresenta, de forma muito própria, o universo do seu autor americano de eleição, proporcionando um retrato importante sobre a história da literatura nos EUA. Os autores analisados são nomes incontornáveis, como Philip Roth, Carson McCullers, William Faulkner, Flannery O’Connor, Emily Dickinson, Saul Bellow, Ezra Pound ou Raymond Chandler. A relação entre Fernando Pessoa e Walt Whitman é analisada por Richard Zenith, tradutor e ensaísta norte-americano e importante investigador pessoano.

Todos os textos de introdução são assinados pela coordenadora do ciclo.

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