Pedro Tamen apresenta o «seu» Proust de Em Busca do Tempo Perdido. Para a semana, no dia 11, quinta-feira, às 19h, na livraria Almedina Saldanha, no ciclo Nós e os Clássicos. Estivemos ontem a preparar a sessão. E rimos de um comentário à margem do crítico Harold Bloom, para quem o Em Busca é um grande tratado sobre o ciúme sexual. Reza assim: «Para Swann, o amor morre, mas o ciúme mantém-se vivo durante mais algum tempo. […] Swann fica preso, pois no cosmo de Proust não se pode dizer ‘Adeus, Odette, perdoo-te tudo quanto te fiz’ (à maneira americana) ou ‘Deixar de estar apaixonado é uma das maiores experiências humanas; parece que se vê o mundo com novos olhos’ (à maneira anglo-irlandesa).» Como será o ciúme à maneira portuguesa, pergunto eu? Talvez «Não és meu, não és de mais ninguém», um divórcio litigioso ou seis facadas no coração… Sem retrospecções ou contemplações.
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